quinta-feira, 15 de março de 2012

Meus Senhores


Não é preciso ter muito guito 
Nem muito menos imensa técnica
É só preciso ter bons amigos
E uma boa dose de wella

Por isso pára e ouve agora
Aquilo que eu te vou dizer
Podes não gostar muito destes putos
Mas vai ser Fetra até morrer

Se fosse, por exemplo, director de mesas barulhentas, além de apagar ficheiros do ambiente de trabalho, dava a ordem: deixem-se de merdas!
Os cargos são um combustível pouco sustentável. O nosso não se esgota: os Senhores da Rádio movem-se a amizade. Aqui não há subversão (quem nos conhece sabe como reconhecemos as virtudes do sistema e como torcemos o nariz a revoluções); há apenas uma declaração de força. Os Senhores da Rádio só juraram a sua própria constituição, que não tem preâmbulo e que se resume a isto: se não fizeres as coisas com alegria, o programa não passa. Obrigado pelo tempo - segundos, minutos, horas, depende da velocidade de leitura, mas sempre certinho - de atenção.

António Vieira

sexta-feira, 9 de março de 2012

Sr.Aníbal: O Regresso

O Sr. Aníbal voltou a dar que falar como, aliás, é seu apanágio de cada vez que activa as suas cordas vocais (dá Deus nozes a quem não tem dentes...).

Ora, desta feita, decidiu-se por utilizar uma publicação, suportada pelas contribuições dos portugueses, para "lavar roupa suja", o que, aliás, é compreensivel. Certamente, face às suas despesas, não terá dinheiro para a lavar noutro local que não aquele que é pago pelos portugueses.

O Sr. Aníbal, homem que beneficiou das fortunas e fortunas que chegavam a Portugal provenientes da CEE, aquando do seu mandato de primeiro-ministro, mas que, nem assim, conseguiu desenvolver o país, voltou a colocar a boca no tronbone. E voltou para (nos) dar uma música que lhe é tão querida e famosa. Tal como conhecemos Marco Paulo por êxitos como "Maravilhoso Coração", conhecemos o Sr.Aníbal pelo êxito (que é por mim reconhecido) de conseguir passar sempre despercebido pelas suas acções. É a velha cantiga ...

Fechado na sua concha de onde é raro sair (e, quando sai, volta de imediato se lhe soar alguma espécie de expressão popular menos favorável), desta feita, falou para criticar o anterior primeiro-ministro. Criticou José Sócrates, um homem com os seus defeitos e virtudes mas a que não lhe pode ser negado, no meu entender, um mérito: o da Coragem! Bem sei que esta condição de "coragem" não pertencerá ao vocabulário do Sr.Aníbal mas falar depois do mal estar feito é fácil. Aliás, é muito fácil. É facílimo. É deselegante. É revelador de alguém que tem falta de carácter.

O Sr.Aníbal que ocupou o mais alto lugar da hierarquia do Estado nos últimos anos se, porventura, achava que José Sócrates estava a conduzir o país para um abismo (para o qual o Sr.Aníbal lançou a primeira pedra quando chegou a P.M) porque não assumiu essa sua posição (enquanto era tempo) e não actuou? Incerteza? Dúvida? Não. Falta de coragem. Cobardia. Falta de "estômago" para assumir uma posição e uma decisão. Uma posição que só a toma quando é fácil, quando fica bem atirar pedras. Pois bem, caro Aníbal, fica mal. Fica-lhe muito mal ter estas atitudes infantis enquanto representante máximo desta Nação. Já devia saber que não se deve atirar pedras para o charco. É que vai na volta ainda salpica qualquer coisa. E se tem o azar de se molhar? Olhe que depois não tem dinheiro para comprar um antigripal. Já pensou nisto? Bem me parecia que não... 

Além disso, vai na volta, um dia fazem-lhe o mesmo.

Uma coisa é certa, Sr.Aníbal. Ficará para a História. Para a História da Democracia Portuguesa como o homem das maiorias. Isso já ninguém lhe tira. É isso e a reforma do Banco de Portugal. Fique descansado.


 P.S- Declarações destas parecem uma "brincadeira de criança", Sr.Aníbal. E mesmo assim ...
André Santos