sexta-feira, 9 de março de 2012

Sr.Aníbal: O Regresso

O Sr. Aníbal voltou a dar que falar como, aliás, é seu apanágio de cada vez que activa as suas cordas vocais (dá Deus nozes a quem não tem dentes...).

Ora, desta feita, decidiu-se por utilizar uma publicação, suportada pelas contribuições dos portugueses, para "lavar roupa suja", o que, aliás, é compreensivel. Certamente, face às suas despesas, não terá dinheiro para a lavar noutro local que não aquele que é pago pelos portugueses.

O Sr. Aníbal, homem que beneficiou das fortunas e fortunas que chegavam a Portugal provenientes da CEE, aquando do seu mandato de primeiro-ministro, mas que, nem assim, conseguiu desenvolver o país, voltou a colocar a boca no tronbone. E voltou para (nos) dar uma música que lhe é tão querida e famosa. Tal como conhecemos Marco Paulo por êxitos como "Maravilhoso Coração", conhecemos o Sr.Aníbal pelo êxito (que é por mim reconhecido) de conseguir passar sempre despercebido pelas suas acções. É a velha cantiga ...

Fechado na sua concha de onde é raro sair (e, quando sai, volta de imediato se lhe soar alguma espécie de expressão popular menos favorável), desta feita, falou para criticar o anterior primeiro-ministro. Criticou José Sócrates, um homem com os seus defeitos e virtudes mas a que não lhe pode ser negado, no meu entender, um mérito: o da Coragem! Bem sei que esta condição de "coragem" não pertencerá ao vocabulário do Sr.Aníbal mas falar depois do mal estar feito é fácil. Aliás, é muito fácil. É facílimo. É deselegante. É revelador de alguém que tem falta de carácter.

O Sr.Aníbal que ocupou o mais alto lugar da hierarquia do Estado nos últimos anos se, porventura, achava que José Sócrates estava a conduzir o país para um abismo (para o qual o Sr.Aníbal lançou a primeira pedra quando chegou a P.M) porque não assumiu essa sua posição (enquanto era tempo) e não actuou? Incerteza? Dúvida? Não. Falta de coragem. Cobardia. Falta de "estômago" para assumir uma posição e uma decisão. Uma posição que só a toma quando é fácil, quando fica bem atirar pedras. Pois bem, caro Aníbal, fica mal. Fica-lhe muito mal ter estas atitudes infantis enquanto representante máximo desta Nação. Já devia saber que não se deve atirar pedras para o charco. É que vai na volta ainda salpica qualquer coisa. E se tem o azar de se molhar? Olhe que depois não tem dinheiro para comprar um antigripal. Já pensou nisto? Bem me parecia que não... 

Além disso, vai na volta, um dia fazem-lhe o mesmo.

Uma coisa é certa, Sr.Aníbal. Ficará para a História. Para a História da Democracia Portuguesa como o homem das maiorias. Isso já ninguém lhe tira. É isso e a reforma do Banco de Portugal. Fique descansado.


 P.S- Declarações destas parecem uma "brincadeira de criança", Sr.Aníbal. E mesmo assim ...
André Santos

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